Festa chilena: seis pontos em dois jogos na Copa do Mundo
Aos 23min de jogo, a Suíça se tornou a seleção com o maior período sem sofrer gols em Copas, superando os 551 minutos que pertenciam à Itália de 1990. No início da partida, os suíços também haviam ultrapassado a Inglaterra, que entre 1982 e 1986 ficou 505 minutos sem ser vazada. O recorde dos suíços é contabilizado por seis jogos: França, Togo, Coreia do Sul e Ucrânia (em 2006), além de Espanha e Chile (em 2010).
Até o gol marcado por Mark González, a Suíça acumulou então 559 minutos sem sofrer gols em Copas, o que permanece como a maior sequência da história da competição. Até então, o único gol sofrido pelos suíços havia sido aos 41min do segundo tempo em duelo vencido pela Espanha por 3 a 0, nas oitavas de final da Copa 94. O autor foi Txiki Begiristáin.
A vitória do Chile foi fundamental para as pretensões do país no Mundial. Com seis pontos em dois jogos, os chilenos chegarão em boas condições para enfrentar a Espanha no próximo confronto. A Suíça permanece com três e deve ir com tudo para tentar vencer Honduras por um bom saldo na rodada final.
O jogo
Depois de atuar com quatro defensores no primeiro jogo, o Chile se preparou com o tradicional sistema mais ofensivo das Eliminatórias para enfrentar a retrancada Suíça. A principal novidade foi o retorno de Humberto Suazo, que não atuou na estreia contra Honduras por conta de uma lesão. Valdívia retornou para o banco de reservas.
Apesar da forte defesa adversária, o Chile conseguiu criar duas ocasiões claras de gol, mas em todas parou nas mãos do ótimo goleiro Benaglio, do Wolfsburg. No início do jogo, Vidal arriscou um foguete de fora da área, exigindo defesa do suíço. Já no rebote, Carmona soltou mais um forte chute que acabou parado pelo camisa 1.
Em rara jogada de velocidade, o Chile conseguiu achar espaços na defesa rival, mas falhou na finalização. Beausejour foi lançado na esquerda e deixou Alexis Sánchez em condições de marcar. O chute, porém, saiu muito fraco.
Os planos suíços ainda sofreram um duro golpe aos 31min do primeiro tempo, quando Behrani deixou o braço em um adversário e recebeu cartão vermelho. Com isso, o centroavante Frei, que voltava de lesão, foi sacado. Ottmar Hittzfeld optou por recompor o meio com Barnetta, titular na estreia.
Para a segunda etapa, o Chile retornou com Mark González e Valdívia nos lugares de Vidal e Suazo, o que intensificou a pressão sobre a Suíça. Alexis Sánchez chegou a marcar logo aos 6min, mas a arbitragem corretamente anulou o gol por impedimento. Em seguida, Sánchez quase fez novamente, mas foi parado por um ótimo Benaglio mais uma vez.
Depois de um período sem criar muitas oportunidades, o Chile enfim furou a retranca e inaugurou o marcador em Port Elizabeth. Valdívia acertou lindo passe em profundidade para Paredes, que fintou Benaglio e cruzou na medida para Mark González usar a cabeça e fazer aos 30min.
Apesar de a Suíça acionar um novo atacante, foi o Chile quem criou ainda outras boas oportunidade no fim. Paredes recebeu ótimo lançamento e finalizou para fora, muito próximo do gol. Em seguida, Mark González teve mais uma chance interessante, mas chutou nas mãos de Benaglio.
Aos 44min, Paredez fez bela jogada individual, mas novamente bateu para fora. No minuto seguinte, a Suíça desperdiçou chance inacreditável. A equipe europeia entrou na área chilena trocando passes e Derdiyok teve o gol em sua frente, mas viu a bola passar a poucos centímetros da trave.
Os dois classificados do Grupo H serão definidos na próxima sexta-feira, quando o Chile duela com a Espanha em Pretória e a Suíça enfrenta Honduras em Bloemfontein. Ambos os jogos serão às 15h30 (de Brasília).
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