Presentes ao enterro de Armando Nogueira homenagearam jornalista com bandeiras do Botafogo e do Acre
O clima de homenagens e serenidade deu o tom do enterro do jornalista Armando Nogueira. A despedida ao cronista esportivo teve a presença de jornalistas, personalidades do esporte e uma apresentação de aviões do Clube Ceu (Clube Esportivo de Vôo) do qual o jornalista era patrono.
Entre as homenagens, o hino do Botafogo, seu time de coração, foi cantando pelos presentes.
"Armando nos defendeu com poesia e alma alvinegra. sorte de um clube que tem oportunidade de ter um torcedor como ele. É uma felicidade ter mais esta história para contar", disse o presidente do Botafogo, Maurício Assunção.
"Armando está guardado no nosso coração, em General Severiano e onde quer que a nossa equipe venha a jogar. Foi um exemplo de botafoguense", afirmou o técnico do Botafogo, Joel Santana. Na segunda-feira, dia da morte do cronista esportivo, o clube carioca jogou todo de preto.
O corpo do jornalista Armando Nogueira chegou ao cemitério São João Batista, Rio de Janeiro, por volta das 12h desta terça-feira. O cortejo foi feito pelo filho Armando Augusto Magalhães Nogueira e pela neta de Armando, Letícia Nogueira. Manduca, como é conhecido, recebeu inúmeros agradecimentos de pessoas que conviveram com o pai e tinha um semblante tranquilo.
"Certamente ele vai pousar em um lugar muito bonito. Ninguém sabe onde é, só os gênios sabem. Fará um pouso manteiga como os grandes brigadeiros. Lá será recebido pelos grandes amigos que foram na frente para com ele confraternizar a chegada de um grande nome. Chegaremos lá algum dia e eles estarão lá todos nos esperando, com as pedrinhas nas mãos para nos dizer qual caminho seguir. Foi isso que ele sempre fez aqui", disse Manduca.
"A maior lembrança que tenho de minha infância é quando estava no Ceu voando com o meu avô. Ele se jogava na água e tudo. Ele costumava dizer que a sensação que ele tinha voando era indescritível. Por isso ele estava sempre voando, nos feriados e fins de semana. A maior lição que aprendi com ele foi me preparar para tudo pois você nunca sabe o que pode acontecer", afirmou a neta de Armando.
Além de personalidades do mundo esportivo, jornalistas e escritores também compareceram para prestar a última homenagem.
"A raça está toda aqui. O grupo dos contemporâneos do jornalismo e que passaram pela ditadura. Enquanto estava no Pasquin o Armando estava no Globo. Mas nunca vi ninguém da esquerda esculhambando com ele. A biografia dele é uma aula de jornalismo. Ele era de uma lisura indiscutível. Impressionante o zelo com o qual ele criou o Jornal Nacional", disse o cartunista Ziraldo.
"Ele foi um grande amigo e contador de histórias. Fica uma sensação de dívida para todos nós que vivemos do texto. Porque o dele era absolutamente genial. Transformou a crônica esportiva em um gêncero literário", afirmou Zuenir Ventura.
Nosso blog irá acompanhar o futebol e ficará 3 dias de luto.
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