Saiba quem é a maior candidata à musa dos Jogos

Ela veste um macacão colado ao corpo, o que lhe dá agilidade nos movimentos e a protege do frio. Usa óculos largos e um resistente capacete, que resguardam a visão e o raciocínio rápido tão importantes na prática do esqui alpino. De fora, deixa apenas o sorriso encantador por vezes congelado que, após as vitórias, chama mais a atenção do que qualquer outra parte do corpo. Esta é Lindsey Vonn, esquiadora americana duas vezes campeã geral da Copa do Mundo e forte candidata a conquistar medalhas e corações nos Jogos de Inverno que acontece no começo deste ano em Vancouver, no Canadá.

Mais do que musa, Lindsey tem um histórico de superação que demonstra sua garra e vontade de vencer. Nos Jogos de Inverno de 2006, por exemplo, a esquiadora sofreu um grave acidente quando competia a prova de downhill e precisou ser levada de helicóptero para um hospital de Turim, onde passou a noite. No entanto, mesmo com a lesão no quadril, voltou às montanhas já no dia seguinte e conquistou um heroico oitavo lugar geral. Apesar de não ter alcançado medalha, o desempenho lhe rendeu um prêmio de espírito olímpico, em votação feita entre fãs, jornalistas, atletas e ex-atletas.

Por outro lado, no Mundial deste ano, Lindsey conquistou o ouro tanto na prova de Super G (o primeiro de uma americana) quanto no downhill. Porém, durante a comemoração, um representante de seu patrocinador tentou abrir um champagne com um esqui e, como é possível imaginar, estourou a garrafa na mão da esquiadora, rompendo o tendão de seu dedo polegar. O acidente a levou à sala de cirurgia, mas não a impediu de seguir na competição com uma proteção na mão. Sobre o episódio, a atleta brinca e diz que a lesão só a incomoda quando precisa dar muitos autógrafos aos fãs.

Com este bom humor que lhe é característico, Lindsey conquista até mesmo suas rivais de pista. É o caso da alemã Maria Riesch, que terminou em segundo lugar justamente nas duas provas da Copa do Mundo em que a americana conquistou o ouro. E, para evitar qualquer desconforto, Lindsey surpreendeu novamente: convidou a concorrente para visitar sua casa em Minnesota e a apresentou aos típicos programas americanos (parques, fast-foods e shoppings). Em retribuição, Riesch a chamou para passar o Natal na Alemanha, evento que acabou se tornando uma tradição entre elas e acontecerá pelo quinto ano consecutivo em 2009.

Além dessa, Lindsey também tem outras histórias curiosas. Uma delas aconteceu em 2005, quando ganhou uma vaca como prêmio pelo primeiro lugar na Copa de Mundo em Val d'Isere-FRA. Em vez de trocá-la por dinheiro, como é praxe, a esquiadora a nomeou Olympe e embarcou-a em uma viagem de 10 horas até um sítio na Áustria. Lá, a vaca vive bem e já teve até bezerros: Sunny e Karin (último nome da irmã). Neste ano, Olympe novamente deu à luz ao lado de Sunny, gerando Don e Shirley (avós paternos). Recentemente, ainda ampliou a "fazenda" com Laura (nome de outra irmã), cabra que ganhou no Mundial de Kirchberg-ALE.

Outra curiosidade da esquiadora é seu fanatismo por outro ídolo do esporte: o tenista Roger Federer. Fã incondicional de tênis, Lindsey passou anos sonhando em encontrá-lo, mas só conseguiu neste ano, quando, após uma partida de Roland Garros, ganhou autógrafo e uma foto ao lado do ídolo. Um mês depois, já estava comemorando o título de Federer em Wimbledon ao lado da família do suíço. No entanto, nem Federer nem ninguém deverá ter chance com Lindsey. Apesar da pouca idade (25 anos), a esquiadora já tem compromisso com Thomas Vonn, com quem casou em 2007

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