Federer vira sobre Davydenko, garante nº 1 e vai à semi

Em uma partida recheada de altos e baixos, Roger Federer barrou a sequência de 13 vitórias de Nikolay Davydenko ao obter grande virada por 2/6, 6/3, 6/0 e 7/5 no Aberto da Austrália. Com o resultado, o suíço garantiu a permanência como número um do mundo e a classificação às semifinais de um Grand Slam pela 23ª vez consecutiva.

De forma incrível, os jogadores não conseguiram apresentar o melhor nível de jogo ao mesmo tempo na manhã desta quarta-feira. Dominante, Davydenko arrasou no primeiro set e teve um 15-40 para sacar em 4/1 no segundo. Porém, perdeu as duas chances com erros não forçados e de forma inesperada começou a se complicar no serviço.

Sem confiança, deu espaço para o crescimento de Federer, que faturou 13 games seguidos até abrir 2/0 no quarto set. A partir daí, o suíço se acomodou e, cauteloso, viu o russo ressurgir - após a virada para 4/3, chegou a ter um triplo break point, salvos todos com excelentes primeiros serviços.

Embalado, o número um do mundo obteve a quebra que lhe deu a grande chance de vencer a partida. Porém, nem um 30-0 nem um match-point foram suficientes para barrar as grandes devoluções de Davydenko, que forçou a igualdade: 5/5. Porém, novamente o sexto colocado do ranking perdeu terreno e, depois de se livrar de três ameaças ao seu saque, não resistiu.

Enfim, Federer não desperdiçou sua segunda oportunidade com o saque na mão e, aproveitando-se das bolas novas, não sofreu mais pontos até vibrar muito ao efetuar uma passada. Essa foi a sua 36ª winner na partida. Ao final, terminou ainda com 43 erros não forçados, 17 no primeiro set.

O dramático resultado, construído em duas horas e 36 minutos, encerrou uma invencibilidade de 13 jogos de Davydenko, que, inclusive, havia ganhado os dois últimos encontros com o seu algoz em Melbourne.

Restabelecendo a ordem do confronto direto, o helvético bateu o oponente pela 13ª vez em 15 ocasiões e chegou novamente à penúltima rodada de um Grand Slam.

Na próxima sexta, Federer buscará a vaga na final mais uma vez no Aberto da Austrália, mas nem precisa bater Novak Djokovic ou Jo-Wilfried Tsonga para comemorar a ponta do ranking.

A apenas 20 semanas de quebrar o recorde de permanência de Pete Sampras como número um, ele não pode mais ser ameaçado pelo sérvio, que, por outro lado, aparecerá em segundo na lista caso avance à decisão.

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