A Seleção Brasileira de rúgbi faz neste sábado, em São José dos Campos, e na próxima quarta-feira, em São Paulo, dois jogos amistosos contra a seleção francesa amadora. Os jogos, esperam os praticantes a apaixonados pela modalidade no Brasil, pode marcar o início de uma longa jornada, aquela que levará à inclusão da modalidade nos Jogos Olímpicos. Assim, de quebra, o rúgbi passaria a receber verba do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
"Fazer parte da Olimpíada muda tudo, muda o status do esporte, que passa de desconhecido a conhecido", explica Eduardo Pacheco, que se divide entre a direção de comunicação da Federação Paulista de Rúgbi e do Pasteur, clube em que joga. "Nosso problema hoje, além da disponibilidade de local para praticar, é a visibilidade, além, claro, da questão financeira. Quando vira esporte olímpico, a modalidade ganha recurso do COB para o desenvolvimento da modalidade. Veja o exemplo da Seleção feminina, que é pentacampeã sul-americana e teve de fazer um calendário de fotos sensuais para levantar dinheiro e ir disputar o mundial. Acabou em décimo mesmo sem qualquer apoio", diz.
O jogo de deste sábado não é contra a seleção francesa principal, quinta melhor do mundo (o Brasil aparece em 29º no ranking mundial), mas nem por isso é tratado como um duelo de menor.
Basta ver a agenda da seleção francesa durante essa passagem pelo Brasil. As homenagens começaram logo na chegada a São José dos Campos, na quinta-feira, com direito a churrasco, samba e mulatas. Na sexta-feira, o selecionado francês conheceu Campos do Jordão e depois do treino foi recepcionado na Câmara Municipal, com direito a coquetel de boas vindas e presença de autoridades locais. Em São Paulo, segunda parte da turnê, além de um jantar com um dos patrocinadores do evento, os franceses terão uma recepção na casa do Cônsul da França no Brasil, Jean Marc Gravier, ex-atleta de rúgbi e grande entusiasta do esporte. E após o jogo de quarta-feira provavelmente comparecerão a um pub decorado com motivos do esporte para encerrar a viagem brasileira.
Rúgbi x Futebol
Apesar de pertencerem à mesma "família", rúgbi e futebol têm origem distinta no Brasil. Enquanto os clubes brasileiros de futebol nasceram de associações de trabalhadores - especialmente dos ferroviários -, os clubes brasileiros de rúgbi têm estreita ligação com colégios e universidades. Dos oito times que disputam o Super 8 - o Campeonato Brasileiro da modalidade -, quatro surgiram da união de alunos ou ex-alunos de alguma instituição de ensino. Além disso, há uma liga paralela de times universitários. Muitos jogadores, inclusive, jogam por times de cada torneio.
Apesar da boa penetração no nível acadêmico, o Brasil tem pouca tradição no esporte e vê seu maior rival, a Argentina, brilhar no cenário mundial. Sensação da última Copa do Mundo, disputada em 2007 na França, nossos vizinhos estão em sexto no ranking da IRB (a Fifa do rúgbi) e com vaga garantida no próximo mundial.
"É basicamente a influência cultural. A influência dos ingleses nas escolas da Argentina permitiu que o esporte fosse disputado desde cedo, criando uma base que vai se desenvolvendo. Os meninos praticam rúgbi enquanto as meninas jogam hóquei na grama, por isso são potências", explicou Pacheco, que vê um viés educativo na modalidade.
"É um esporte coletivo muito inclusivo porque você precisas de diversos tipos físicos para competir, desde o mais ligeiro até aqueles com porte mais forte. Além disso, tem o fator de que no rúgbi valoriza-se o espírito de equipe, já que não se pode lançar a bola para frente, o pensamento estratégico e a lealdade entre os times. São características importantes para a formação das pessoas", afirmou.
Serviço Brasil x França
Em São José dos Campos
Data: 29/8 - 16h
Local: Estádio ADC Parahyba
Jogo preliminar: Seleção Brasileira juvenil x Seleção amigos do Pasteur Athletique Club
Entrada gratuita
Em São Paulo
Data: 2/9 - 20h30
Local: Estádio Municipal Hermínio Espósito, em Embu
Jogo preliminar: Time feminino de 7-aside x Pasteur
Entrada gratuita
"Fazer parte da Olimpíada muda tudo, muda o status do esporte, que passa de desconhecido a conhecido", explica Eduardo Pacheco, que se divide entre a direção de comunicação da Federação Paulista de Rúgbi e do Pasteur, clube em que joga. "Nosso problema hoje, além da disponibilidade de local para praticar, é a visibilidade, além, claro, da questão financeira. Quando vira esporte olímpico, a modalidade ganha recurso do COB para o desenvolvimento da modalidade. Veja o exemplo da Seleção feminina, que é pentacampeã sul-americana e teve de fazer um calendário de fotos sensuais para levantar dinheiro e ir disputar o mundial. Acabou em décimo mesmo sem qualquer apoio", diz.
O jogo de deste sábado não é contra a seleção francesa principal, quinta melhor do mundo (o Brasil aparece em 29º no ranking mundial), mas nem por isso é tratado como um duelo de menor.
Basta ver a agenda da seleção francesa durante essa passagem pelo Brasil. As homenagens começaram logo na chegada a São José dos Campos, na quinta-feira, com direito a churrasco, samba e mulatas. Na sexta-feira, o selecionado francês conheceu Campos do Jordão e depois do treino foi recepcionado na Câmara Municipal, com direito a coquetel de boas vindas e presença de autoridades locais. Em São Paulo, segunda parte da turnê, além de um jantar com um dos patrocinadores do evento, os franceses terão uma recepção na casa do Cônsul da França no Brasil, Jean Marc Gravier, ex-atleta de rúgbi e grande entusiasta do esporte. E após o jogo de quarta-feira provavelmente comparecerão a um pub decorado com motivos do esporte para encerrar a viagem brasileira.
Rúgbi x Futebol
Apesar de pertencerem à mesma "família", rúgbi e futebol têm origem distinta no Brasil. Enquanto os clubes brasileiros de futebol nasceram de associações de trabalhadores - especialmente dos ferroviários -, os clubes brasileiros de rúgbi têm estreita ligação com colégios e universidades. Dos oito times que disputam o Super 8 - o Campeonato Brasileiro da modalidade -, quatro surgiram da união de alunos ou ex-alunos de alguma instituição de ensino. Além disso, há uma liga paralela de times universitários. Muitos jogadores, inclusive, jogam por times de cada torneio.
Apesar da boa penetração no nível acadêmico, o Brasil tem pouca tradição no esporte e vê seu maior rival, a Argentina, brilhar no cenário mundial. Sensação da última Copa do Mundo, disputada em 2007 na França, nossos vizinhos estão em sexto no ranking da IRB (a Fifa do rúgbi) e com vaga garantida no próximo mundial.
"É basicamente a influência cultural. A influência dos ingleses nas escolas da Argentina permitiu que o esporte fosse disputado desde cedo, criando uma base que vai se desenvolvendo. Os meninos praticam rúgbi enquanto as meninas jogam hóquei na grama, por isso são potências", explicou Pacheco, que vê um viés educativo na modalidade.
"É um esporte coletivo muito inclusivo porque você precisas de diversos tipos físicos para competir, desde o mais ligeiro até aqueles com porte mais forte. Além disso, tem o fator de que no rúgbi valoriza-se o espírito de equipe, já que não se pode lançar a bola para frente, o pensamento estratégico e a lealdade entre os times. São características importantes para a formação das pessoas", afirmou.
Serviço Brasil x França
Em São José dos Campos
Data: 29/8 - 16h
Local: Estádio ADC Parahyba
Jogo preliminar: Seleção Brasileira juvenil x Seleção amigos do Pasteur Athletique Club
Entrada gratuita
Em São Paulo
Data: 2/9 - 20h30
Local: Estádio Municipal Hermínio Espósito, em Embu
Jogo preliminar: Time feminino de 7-aside x Pasteur
Entrada gratuita
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