Em rodada de clássicos repletos de gols, Obina e Fla dão volta por cima

Obina e Flamengo andavam em baixa. Em 25 de maio, o atacante saiu do time da Gávea sob vaias depois de ficar seis meses sem marcar um gol. Foi então parar no Palmeiras, no que talvez tenha sido a transação mais difícil de ser explicada no futebol brasileiro este ano: havia, entre torcedores flamenguistas e palmeirenses uma pergunta apenas: por que contratar um atacante que aparentemente havia decretado embargo ao gol?

Já o Flamengo, que há algum tempo flertava com a crise, na última sexta-feira finalmente chegou lá quando três de seus dirigentes pediram demissão de forma inesperada: durante uma coletiva de imprensa e admitindo divergências com o presidente Marcio Braga. Antes disso, o técnico Cuca havia sido demitido e alguns jogadores saíram malogrando os nove meses de gestão Cuca, e questionando os métodos de trabalho do antigo treinador. O buraco parecia estar cavado.

Mas neste domingo tudo mudou. Obina, agora titular do Palmeiras, foi o nome do jogo fazendo os três gols na vitória sobre o Corinthians que deu ao novo time de Muricy Ramalho uma consolidada vice-liderança no Brasileiro. E o Flamengo, comandado interinamente pelo auxiliar técnico Andrade, venceu de virada e fora de casa o Santos do recém contratado Vanderlei Luxemburgo - que, ironicamente, foi quem levou Obina para o Palmeiras quando era treinador do clube paulista: 2 a 1.

No Recife, um jogo cheio de correria e reviravoltas. Sport e Náutico precisavam vencer por estarem em situação complicada na tabela - e ainda estão -, mas o resultado na Ilha do Retiro não agradou a nenhum dos dois times. O 3 a 3 deste domingo marcou também o centenário do maior clássico pernambucano.

No sábado, mais gols. Botafogo e Inter se enfrentaram no Engenhão e o resultado não foi nada bom para o time colorado, que briga na ponta de cima da tabela. A vitória carioca por 3 a 2 afastou os gaúchos dos líderes tirou a equipe de Ney Franco da zona do rebaixamento.

Na noite deste domingo, Fluminense e Botafogo se enfrentaram de olho em uma recuperação no Brasileiro. Na penúltima colocação, o time carioca só conseguiu um empate por 1 a 1 no Maracanã, resultado que não agradou a nenhuma das duas equipes, já que o Cruzeiro se encontra em 16º. Placar nada agradável para os dois mais recentes vice-campeões da Libertadores.

E para fechar, o tropeço da rodada ficou por conta do líder Atlético-MG. Os comandados de Celso Roth decepcionaram os mais de 50 mil torcedores que lotaram o Mineirão. A equipe, ainda líder do Brasileiro, foi derrotada pelo Goiás pelo placar de 1 a 0, mas permitiu ao Palmeiras encostar na ponta.

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