O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, escreveu uma carta à torcida cruzeirense, publicada no site oficial do clube nesta quinta-feira. Na mensagem, uma resposta ao vice de futebol André Krieger, que disse que o Cruzeiro foi o grande culpado pelo tumulto no Mineirão.
A confusão aconteceu após o volante cruzeirense Elicarlos divulgar que foi chamado de macaco pelo atacante gremista Maxi López ainda durante o primeiro tempo. Depois de negar o suposto ato racista em depoimento na delegacia do Mineirão, o argentino e Elicarlos foram liberados.
Confira a carta do presidente à torcida:
O Cruzeiro Esporte Clube sempre teve o melhor relacionamento com o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Relacionamento esse cordial e de respeito mútuo. Mas os questionamentos irresponsáveis feitos após o primeiro jogo da semifinal da Copa Santander Libertadores não podem ser aceitos para o bem do esporte.
A reprovável discriminação sofrida pelo jogador Elicarlos, temos certeza, não é aceita por ninguém em nosso país, nem mesmo pelo simpático e educado povo do Rio Grande do Sul. A diretoria do clube gaúcho e seu treinador, ao acusarem o Cruzeiro de provocar a confusão no estádio Mineirão, cometeram um enorme erro.
A denúncia de racismo feita por Elicarlos ocorreu em um lance registrado pelas câmeras de televisão de várias emissoras. Em uma discussão no meio do primeiro tempo, o atacante argentino Maxi Lópes ofendeu o jogador do Cruzeiro, o chamando de "macaquito". A reação de companheiros de Elicarlos comprova o absurdo desse caso. O meio-campo Wagner chegou a bater no próprio braço, em um sinal de que não aceitaria tamanha discriminação preconceituosa.
Mas Elicarlos, assim como todos os integrantes da diretoria e comissão técnica, entenderam que o melhor seria esperar pelo fim da partida para que o jogador ofendido pudesse se manifestar como um cidadão honrado. A decisão de se dirigir a uma delegacia de polícia para registrar a queixa foi tomada por um homem de origem simples e humilde, um direito que não pode ser tirado de nenhum ser humano.
Mesmo assim, agora estamos sendo acusados de termos provocado tal situação com o intuito de desestabilizar os adversários. Ora, se fosse nosso objetivo tirar proveito de uma barbaridade como essa, teríamos feito no intervalo do jogo, exigindo que o agressor fosse detido no vestiário. Depois de uma partida, na qual saímos vitoriosos, que benefício poderíamos tirar com uma ocorrência policial em estádio de futebol?
As cenas lamentáveis de bate-boca, insultos e atritos entre integrantes da delegação do Grêmio e autoridades policiais no Mineirão não teriam ocorrido se o jogador Maxi López tivesse seguido diretamente do vestiário para a delegacia, evitando constrangimentos para os companheiros.
Quanto ao senhor Paulo Autuori, respeitado e competente treinador, com três dignas passagens pelo Cruzeiro Esporte Clube, fica a pergunta: alguma vez ele participou ou testemunhou qualquer armação por aqui para que o mesmo agora se sinta no direito de fazer descontroladas acusações contra a nossa diretoria?
O que fica parecendo aos olhos de quem acompanhou todos esses absurdos é a intenção de pessoas provocarem um ambiente de hostilidade em Porto Alegre na segunda partida, programada para semana que vem. O Cruzeiro Esporte Clube não aceita que seja criado nenhum clima de guerra que coloque em risco a segurança de nossa delegação e torcedores.
Em Belo Horizonte, tivemos a preocupação, como é de nosso costume nos jogos em Minas Gerais, dar total garantia aos gaúchos durante a permanência de todos na capital mineira. Esperamos também que esse caso fique e seja decidido apenas na esfera judicial. Caberá a pessoas competentes definir o desfecho deste episódio lamentável.
Zezé Perrella
Presidente do Cruzeiro Esporte Clube
A confusão aconteceu após o volante cruzeirense Elicarlos divulgar que foi chamado de macaco pelo atacante gremista Maxi López ainda durante o primeiro tempo. Depois de negar o suposto ato racista em depoimento na delegacia do Mineirão, o argentino e Elicarlos foram liberados.
Confira a carta do presidente à torcida:
O Cruzeiro Esporte Clube sempre teve o melhor relacionamento com o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Relacionamento esse cordial e de respeito mútuo. Mas os questionamentos irresponsáveis feitos após o primeiro jogo da semifinal da Copa Santander Libertadores não podem ser aceitos para o bem do esporte.
A reprovável discriminação sofrida pelo jogador Elicarlos, temos certeza, não é aceita por ninguém em nosso país, nem mesmo pelo simpático e educado povo do Rio Grande do Sul. A diretoria do clube gaúcho e seu treinador, ao acusarem o Cruzeiro de provocar a confusão no estádio Mineirão, cometeram um enorme erro.
A denúncia de racismo feita por Elicarlos ocorreu em um lance registrado pelas câmeras de televisão de várias emissoras. Em uma discussão no meio do primeiro tempo, o atacante argentino Maxi Lópes ofendeu o jogador do Cruzeiro, o chamando de "macaquito". A reação de companheiros de Elicarlos comprova o absurdo desse caso. O meio-campo Wagner chegou a bater no próprio braço, em um sinal de que não aceitaria tamanha discriminação preconceituosa.
Mas Elicarlos, assim como todos os integrantes da diretoria e comissão técnica, entenderam que o melhor seria esperar pelo fim da partida para que o jogador ofendido pudesse se manifestar como um cidadão honrado. A decisão de se dirigir a uma delegacia de polícia para registrar a queixa foi tomada por um homem de origem simples e humilde, um direito que não pode ser tirado de nenhum ser humano.
Mesmo assim, agora estamos sendo acusados de termos provocado tal situação com o intuito de desestabilizar os adversários. Ora, se fosse nosso objetivo tirar proveito de uma barbaridade como essa, teríamos feito no intervalo do jogo, exigindo que o agressor fosse detido no vestiário. Depois de uma partida, na qual saímos vitoriosos, que benefício poderíamos tirar com uma ocorrência policial em estádio de futebol?
As cenas lamentáveis de bate-boca, insultos e atritos entre integrantes da delegação do Grêmio e autoridades policiais no Mineirão não teriam ocorrido se o jogador Maxi López tivesse seguido diretamente do vestiário para a delegacia, evitando constrangimentos para os companheiros.
Quanto ao senhor Paulo Autuori, respeitado e competente treinador, com três dignas passagens pelo Cruzeiro Esporte Clube, fica a pergunta: alguma vez ele participou ou testemunhou qualquer armação por aqui para que o mesmo agora se sinta no direito de fazer descontroladas acusações contra a nossa diretoria?
O que fica parecendo aos olhos de quem acompanhou todos esses absurdos é a intenção de pessoas provocarem um ambiente de hostilidade em Porto Alegre na segunda partida, programada para semana que vem. O Cruzeiro Esporte Clube não aceita que seja criado nenhum clima de guerra que coloque em risco a segurança de nossa delegação e torcedores.
Em Belo Horizonte, tivemos a preocupação, como é de nosso costume nos jogos em Minas Gerais, dar total garantia aos gaúchos durante a permanência de todos na capital mineira. Esperamos também que esse caso fique e seja decidido apenas na esfera judicial. Caberá a pessoas competentes definir o desfecho deste episódio lamentável.
Zezé Perrella
Presidente do Cruzeiro Esporte Clube
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