Presidente corintiano indica desgaste e quer deixar o clube

Com mais de duas décadas vivendo o Corinthians com intensidade, o cansaço parece ter pesado para o presidente Andrés Sanchez, que assumiu o cargo no fim de 2007. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Andrés alegou cansaço e decepção com a função que exerce no Parque São Jorge.

"Me decepcionei em ser presidente. É um ônus pessoal e financeiro muito grande. Estou há três anos e meio afastado das empresas da minha família. Quero é terminar minha gestão e sair do Corinthians, ir embora e nunca mais me envolver com futebol. Estou cheio de ser presidente. São poucos dias de alegria para muitos de dor de cabeça", admitiu Andrés, cujo mandato vai até o fim da próxima temporada.

Neste ano, Andrés alegou estresse e problemas pessoais para se afastar do cargo durante alguns dias, mas não conseguiu ficar muito longe do clube. "Em todos os poderes, deve haver alternância de poder. Para uns é dois anos, para outros 40", explicou, questionado a respeito da longevidade de Ricardo Teixeira à frente da CBF.

Conhecido também pela vida social bastante ativa, Andrés Sanchez defendeu Ronaldo, com quem já foi visto frequentando festas. "Eu também faço festa. Quem não faz? Não existe no futebol brasileiro um jogador tão profissional quanto o Ronaldo", alegou.

Dono de boa relação com as torcidas organizadas do Corinthians, Andrés defendeu a classe representada pela Gaviões da Fiel. "Nenhuma torcida é violenta. A torcida é hoje o sindicato do futebol. Cobra muito. Respeito todos, mas falo muito mais não do que sim", disse.

Diretor do clube nos tempos da parceria com a MSI, Andrés se negou a comentar o assunto, mas acabou comparando o fundo de investimentos liderado por Kia Joorabchian com a Parmalat, parceira do Palmeiras na década de 90.

"Na Parmalat, teve gente presa por lavagem de dinheiro. Na MSI ninguém foi preso", falou Andrés.

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