Federer sofre, mas vence reedição de Roland Garros

Roger Federer reencontrou Robin Soderling nesta segunda-feira, depois que ambos decidiram a última edição de Roland Garros, e encontrou dificuldades para superar o algoz do espanhol Rafael Nadal no saibro francês pelas oitavas-de-final de Wimbledon. Mesmo assim, o suíço - cabeça-de-chave número um na grama britânica - derrotou o sueco por 3 a 0, com dois tie-breaks, e aumentou sua "freguesia" diante do rival.

Na comparação com a partida em Paris realizada em 7 de junho, o piso mudou, mas Federer seguiu sem perder parciais para o sueco. Na troca do saibro pela grama, o suíço se destacou com um estilo de jogo já conhecido - assim como o previsto, abusou dos slices para contar com erros não forçados do rival, que vieram especialmente no tie-break do segundo set.

Antes, o helvético nem sequer havia ameaçado o saque do oponente até conseguir a quebra no nono game realizado. Para fechar, na terceira etapa o favorito salvou os únicos dois break points que cedeu em toda a partida para sobressair novamente no desempate.

No encontro de grandes sacadores, o suíço marcou 23 aces e o sueco, 16, sendo que ambos ganharam também mais de 88% dos pontos quando encaixaram o primeiro serviço. Com tanto equilíbrio, o ganhador colecionou no total apenas sete tentos a mais que o perdedor (102 a 97), o que prova, portanto, que Federer realmente definiu o resultado ao se impor nos momentos mais importantes.

Com o triunfo, o número dois do mundo ainda é o único jogador a ter vencido o "novo" Soderling. Desde a grande campanha em Roland Garros, no qual eliminou Rafael Nadal, o escandinavo colecionou nove vitórias em 11 jogos disputados. As únicas duas derrotas vieram exatamente diante do rival da Basileia, que jamais caiu em 11 encontros com o tenista de 24 anos - apenas um set foi perdido.

Classificado após duas horas de bola em quadra, Federer dá mais um passo para alcançar sua sétima final consecutiva de Wimbledon: no próximo domingo, ele espera conquistar o sexto troféu e se tornar o maior conquistador de Grand Slams do tênis. Antes de pensar em fazer história, o atleta precisa faturar três partidas, a primeira contra o espanhol Fernando Verdasco ou o croata Ivo Karlovic.

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