Veja números curiosos da primeira rodada do Brasileiro

Esquemas táticos que funcionaram, dois gols salvos em cima da linha, quatro anulados e, como não poderia faltar, um erro de arbitragem duro de entender: abaixo, a rodada em números.

A mudança chegou

O 4-4-2 está sendo sepultado como o esquema favorito dos técnicos brasileiros. A transição para o 3-5-2, iniciada com a conquista invicta da Copa do Mundo de 2002 pelo Brasil de Felipão, ganhou corpo com o tricampeonato brasileiro do São Paulo de Muricy, sempre com 3 zagueiros.

A mudança fica visível se comparadas as primeiras rodadas do Brasileiro de 2009 e 2008. No ano passado, apenas 5 das 20 equipes (25%) iniciaram seus jogos no 3-5-2, com os laterais fazendo as vezes de alas. Neste último final de semana, 11 dos 20 times (55%) aderiram ao esquema de Muricy. Que, curiosamente, preferiu o 4-4-2 contra o Fluminense - e se deu mal.

Nos duelos entre os 2 esquemas, supremacia da tática tradicional. O Palmeiras 4-4-2 virou para cima do Coritiba 3-5-2; o Corinthians 3-5-2 perdeu do Inter 4-4-2; o Cruzeiro 4-4-2 bateu o Flamengo 3-5-2; e houve empates entre Grêmio 3-5-2 e Santos 4-4-2 e entre Santo André 4-4-2 e Botafogo 3-5-2. Carpegiani decidiu arriscar com seu Vitória 3-6-1 e superou o Atlético-PR 3-5-2 em plena Arena.

Visitantes em alta

A 1ª rodada deste 7º Brasileiro de pontos corridos teve o 2º pior aproveitamento dos times da casa, se comparada com as 6 anteriores: 46,7% dos pontos, com 3 vitórias dos anfitriões, 2 dos visitantes e 5 empates. Só ganha de 2005 (39,4%) e "perde" feio do ano líder no quesito: os times da casa tiveram 7 vitórias, 3 empates e 2 derrotas na 1ª rodada de 2004, aproveitamento de 66,7%.

+ números

Esta primeira rodada teve 3 pênaltis (2 no jogo Cruzeiro x Flamengo), 4 gols anulados, 2 gols de falta, 2 bolas tiradas em cima da linha (Richarlyson, do São Paulo, e Gomes, do Goiás), 5 bolas na trave (2 no mesmo lance, com Victor Simões, do Botafogo) e apenas 3 gols de cabeça entre os 25 marcados.

Arbitragem

O erro mais visível da rodada foi de Wilson de Souza de Mendonça. O árbitro não marcou um pênalti claro de Pablo Escobar, do Santo André, em Jean Coral, do Botafogo, aos 5min do 2º tempo. O Palmeiras foi o time que recebeu o maior número de cartões amarelos: 5. O Santo André foi a única equipe não "amarelada", mas seu lateral Cicinho levou o cartão vermelho por um carrinho frontal em Fahel.

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