Não tenho o estilo russo, que só dá porrada". A tenista Fernanda Kuhnen é uma das promessas do tênis feminino no Brasil. Sexta brasileira melhor colocada no ranking da WTA, a catarinense, 20 anos, foge do consagrado modo russo de jogar o esporte e destaca a variação de golpes como sua principal qualidade.
"Gosto de variar bastante, mais baseada na velocidade, não tanto na potência", diz Kuhnen, em entrevista ao Terra. A afirmação é corajosa, ainda mais quando se enumeram os títulos recentes da escola refutada pela brasileira e se lembra que, em 2008, cinco das dez melhores tenistas são da Rússia.
Dinara Safina, Elena Dementieva, Vera Zvonareva, Svetlana Kuznetsova e Maria Sharapova são fortes contra-argumentos. Mas as inspirações de Kuhnen - a alemã Steffi Graf, a belga Justine Henin e a francesa Amélie Mauresmo - rivalizam à altura com os atuais grandes nomes do circuito feminino.
Apaixonada por esporte, Kuhnen viu a natação, o handebol e o vôlei perderem espaço para o tênis gradativamente. Aos seis anos, ela deu sua primeira "raquetada" e, quatro anos depois, já aparecia nas competições regionais e estaduais - época próxima ao primeiro título de Gustavo Kuerten em Roland Garros, em 1997.
"Quando eu tinha 10, 11 anos, o Guga ganhou Roland Garros. Sem dúvida, eu me inspirei nisso, foi uma das coisas que me motivaram", diz a tenista, que, por também ser de Florianópolis, havia conhecido o maior tenista brasileiro pouco antes de sua consagração. "Depois eu o vi mais vezes, até treinei na mesma academia que ele. Também garanti passagem para assistir a um torneio na Europa em que ele estava jogando", recorda-se.
Após uma boa temporada, quando iniciou como número 546 do mundo e encerrou na 488ª colocação - marcando o ano com o primeiro título na carreira profissional, o ITF de Santos, em setembro -, ela espera dobrar a dose em 2009. No início do ano, viaja para os Estados Unidos e, em março, para o continente europeu.
Fã de viagens e estudante de comércio exterior à distância, ela treina todos os dias da semana e vê as baladas como segundo plano. "Não saio muito, mas tenho amigos, né? Fica difícil não ter relação de amizade e sair. Quando tenho oportunidade, saio, mas não é uma coisa que me faça falta".
Loira e bela, Kuhnen também refuta a comparação com algumas musas do tênis profissional. A principal delas, a russa Maria Sharapova, 1,88 m, é prontamente descartada na seleção das "parecidas". "Eu sou bem mais baixinha que ela. Talvez por ser loira, mas nunca pensei nisso", disse, rindo.
Mas o assunto não é só alegria. A bela expõe, por fim, um pouco da ferocidade ao falar da carência estrutural para o tênis feminino no País. "Faltam estrutura, torneios, tudo. No masculino, há muito mais incentivo, é bem mais fácil de jogar", reclama. "Falta talvez uma inspiração, e o pessoal se interessa mais quando há um ídolo".
"Gosto de variar bastante, mais baseada na velocidade, não tanto na potência", diz Kuhnen, em entrevista ao Terra. A afirmação é corajosa, ainda mais quando se enumeram os títulos recentes da escola refutada pela brasileira e se lembra que, em 2008, cinco das dez melhores tenistas são da Rússia.
Dinara Safina, Elena Dementieva, Vera Zvonareva, Svetlana Kuznetsova e Maria Sharapova são fortes contra-argumentos. Mas as inspirações de Kuhnen - a alemã Steffi Graf, a belga Justine Henin e a francesa Amélie Mauresmo - rivalizam à altura com os atuais grandes nomes do circuito feminino.
Apaixonada por esporte, Kuhnen viu a natação, o handebol e o vôlei perderem espaço para o tênis gradativamente. Aos seis anos, ela deu sua primeira "raquetada" e, quatro anos depois, já aparecia nas competições regionais e estaduais - época próxima ao primeiro título de Gustavo Kuerten em Roland Garros, em 1997.
"Quando eu tinha 10, 11 anos, o Guga ganhou Roland Garros. Sem dúvida, eu me inspirei nisso, foi uma das coisas que me motivaram", diz a tenista, que, por também ser de Florianópolis, havia conhecido o maior tenista brasileiro pouco antes de sua consagração. "Depois eu o vi mais vezes, até treinei na mesma academia que ele. Também garanti passagem para assistir a um torneio na Europa em que ele estava jogando", recorda-se.
Após uma boa temporada, quando iniciou como número 546 do mundo e encerrou na 488ª colocação - marcando o ano com o primeiro título na carreira profissional, o ITF de Santos, em setembro -, ela espera dobrar a dose em 2009. No início do ano, viaja para os Estados Unidos e, em março, para o continente europeu.
Fã de viagens e estudante de comércio exterior à distância, ela treina todos os dias da semana e vê as baladas como segundo plano. "Não saio muito, mas tenho amigos, né? Fica difícil não ter relação de amizade e sair. Quando tenho oportunidade, saio, mas não é uma coisa que me faça falta".
Loira e bela, Kuhnen também refuta a comparação com algumas musas do tênis profissional. A principal delas, a russa Maria Sharapova, 1,88 m, é prontamente descartada na seleção das "parecidas". "Eu sou bem mais baixinha que ela. Talvez por ser loira, mas nunca pensei nisso", disse, rindo.
Mas o assunto não é só alegria. A bela expõe, por fim, um pouco da ferocidade ao falar da carência estrutural para o tênis feminino no País. "Faltam estrutura, torneios, tudo. No masculino, há muito mais incentivo, é bem mais fácil de jogar", reclama. "Falta talvez uma inspiração, e o pessoal se interessa mais quando há um ídolo".
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